• Principais problemas relacionados ao Nariz

    Atresia coanal: também conhecida como imperfuração das coanas (abertura ao final das fossas nasais na transição para a garganta-orofaringe), é considerada uma malformação congênita (desde o nascimento) e que vai ocasionar a impossibilidade da passagem do ar respirado pelo nariz para a garganta. Pode ocorre de forma unilateral (apena um lado das fossas nasais foi acometido) ou bilateral (os dois lados das fossas nasais foram acometidos – mais grave). A resolução do quadro geralmente é feita através de cirurgia.

     

    Epistaxe: refere-se a qualquer tipo de sangramento nasal que pode ocorrer através de uma (unilateral) ou das duas (bilateral) fossas nasais, problema este, que pode ser classificado em sangramento anterior (ex. mucosa mais anterior do septo nasal – área K) e posterior (quando o sangramento inicia em regiões mais profundas das fossas nasais – ex. acometimento da artéria esfenopalatina na região da rinofaringe). Vale lembrar que tanto o sangramento anterior quanto o posterior, dependendo do volume de sangue, pode escorrer para a garganta e ser eliminado também pela boca (cavidade oral).

     

    Obstrução nasal: o tão comum “nariz entupido” pode estar relacionado a vários problemas, dentre os mais comuns estão: rinossinusites agudas e crônicas, rinites alérgicas, desvio do septo nasal, hipertrofia (aumento) dos cornetos (conchas) nasais e hipertrofia da adenoide (comum em crianças).

     

    Polipose (pólipo) nasal: processo inflamatório, crônico e benigno do revestimento (mucosa) nasal das cavidades paranasais podendo estender-se para as fossas nasais ocasionando obstrução nasal e secreção (rinorréia) amarelada, espessa, muitas vezes de odor fétido, estando caracterizado com um tipo de rinossunusite crônica.

     

     Rinites: processo inflamatório e ∕ ou infeccioso (ex. vírus) que acomete o revestimento (mucosa) das fossas nasais (parte interna do nariz), em geral caracterizado por espirros, coriza, coceira no nariz (prurido nasal) e obstrução nasal (nariz entupido). O exemplo mais comum é a rinite alérgica.

     

    Rinossinusites: processo inflamatório e ∕ ou infeccioso que integra um quadro de rinite conjuntamente ao da sinusite. É o nome mais correto atualmente para se referir tanto às rinites quanto às sinusites, pois geralmente os dois processos ocorrem de forma simultânea (as fossas nasais estão em comunicação com as cavidades paranasais).

     

    Sinusites: processo inflamatório e ∕ ou infeccioso (ex. vírus, bactérias e fungos) que acomete o revestimento (mucosa) das cavidades paranasais (seios da face) localizadas nos arredores e comunicando-se com as fossas nasais (parte interna do nariz).

     

  • Principais problemas relacionados aos Ouvidos (Orelhas)

    Dor de ouvido (Otalgia): um problema muito comum na rotina diária e que pode estar relacionada à áreas diferentes do ouvido. Vale salientar que o ouvido (orelha) é divido (a) em três partes: externa, média e interna. Podemos observar um quadro de dor relacionado a um trauma ou inflamação do pavilhão auricular (ex. pericondrites, traumas por pancadas), do canal auditivo (ex. trauma com cotonete, otites externas), da membrana timpânica (trauma com cotonete, otites agudas – externas ou médias), além de processos inflamatórios articulares recorrentes. Importante a avaliação personalizada de cada paciente para o correto diagnóstico dentre as várias possibilidades.

     

    Otites: processos inflamatórios muito comuns na Otorrinolaringologia sendo classificados segundo a topografia (localização) em externa, média ou interna e de acordo com o tempo de acometimento em aguda ou crônica. Como se pode observar, os tipos de otite são variados, com sinais e sintomas diferentes de acordo com a localização e o tempo de doença. Na maioria das vezes, não são muito bem tratadas em casa e com uso de “gotinhas para ouvido”, que muitas vezes ajudam a piorar o quadro que ainda não foi adequadamente diagnosticado. Procure seu otorrino para detectar precocemente qual o tipo de otite você apresenta para que o diagnóstico individualizado possa contribuir para um tratamento adequado e efetivo.

     

    Zumbido: qualquer sensação de barulho (ex. “tipo uma cigarra”, “som pulsátil”, “tipo barulho de motor”, “tipo uma panela de pressão”, “tipo um assobio”) ou percepção de forma consciente  de um som que se origina nos ouvidos (orelhas) ou na cabeça do paciente, sem a existência de algo externo que produza o tal som. Deve ser sempre investigado pelo seu otorrino pois existem muitas causas e muitas vezes de difícil diagnóstico. As causas relacionadas a alterações auditivas são as mais comuns.

     

    Perda auditiva (Surdez): as perdas de audição podem ser classificadas em condutivas (de condução), neurossensorial (sensorioneural) e mista. As principais causas de perda auditiva condutiva estão relacionadas a toda situação que prejudique na chegada do som que ouvimos até a cóclea (porção mais interna do ouvido que alberga o órgão de Corti – responsável em levar a informação sonora do ouvido para o cérebro). São exemplos: rolha de cerume, otites, perfuração timpânica, alterações diversas da orelha média, entre outros. As principais causas de perda auditiva neurossensorial estão relacionadas com qualquer problema na parte sensorial da audição (cóclea), nervo auditivo e vias centrais da audição (no cérebro). São exemplos: rolha de cerume, otites, perfuração timpânica, alterações diversas da orelha média, entre outros. As principais causas de perda auditiva neurossensorial estão relacionadas com qualquer problema na parte sensorial da audição (cóclea), nervo auditivo e vias centrais da audição (no cérebro). Exemplos muito comuns são: as perdas associadas a síndromes congênitas e outros fatores genéticos; as perdas associadas ao ruído ou barulho excessivo constantes (mineradoras, madeireiras, entre outros); as perdas relacionadas com a senescência (envelhecimento da parte sensorial auditiva) – presbiacusia; as perdas relacionadas com traumas cranianos, infecções como meningite, acidentes vasculares encefálicos (derrames), entre outros.

     

    Tontura (Vertigem): caracterizada principalmente como qualquer falsa sensação de movimento (“estou rodando”) mesmo quando se está parado(a). Pode estar associada a outros sintomas como náuseas∕vômitos, sudorese, palidez, perda auditiva e zumbido. Outras sensações como desequilíbrio ao andar, muitas vezes com sensação de “flutuação” ou mareio (“como se estivesse num barco”). Deve ser sempre avaliada pelo seu otorrino pelo risco de associação com problemas mais sérios.

     

  • Principais problemas relacionados a Garganta

    Rouquidão (disfonia):  é um sintoma muito comum dentre as muitas alterações que podem acometer a garganta. Deve ser sempre investigada pelo seu médico otorrino, principalmente os casos com duração maior que 15 dias, pois nem sempre vai estar associada ao quadro de dor e isso contribui para irmos levando a situação com a “barriga”, mas lembrem-se que pode estar acobertando um problema mais sério, como por exemplo, algum tipo de tumor (neoplasia). Geralmente é bem avaliada através de um exame chamado videolaringoscopia realizado pelo Otorrinolaringologista.

     

    Amigdalites (tonsilites): processos inflamatórios muito comuns na Otorrinolaringologia, predominantemente na infância, mas que acomete um certo número de adultos. As amígdalas (tonsilas palatinas) estão localizadas numa região da garganta chamada de orofaringe e pode ser sede de infecções virais e bacterianas mais comumente. As queixas são geralmente de dor forte na garganta (odinofagia), febre, prostração, dificuldade para deglutir os alimentos (disfagia) e, em muitos casos, ocorre a presença de gânglio (linfonodo) aumentado na região cervical sugerindo que está ocorrendo uma resposta imunológica do organismo. Em casos muito frequentes de infecção, infecção mais intensa ou de amígdalas muito aumentadas de tamanho, o conselho é procurar o médico otorrino para avaliar, tratar e elucidar suas dúvidas.

     

    Ronco e apneia do sono: o ronco é traduzido pelo barulho emitido durante a respiração, em virtude do esforço que se faz para a passagem do ar para os pulmões, durante o sono e em muitos casos está associado à síndrome da apneia-hipopneia obstrutiva do sono, com pausas respiratórias durante o sono e sonolência excessiva durante o dia, além da associação com risco para doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras. Sugere-se inicialmente uma avaliação com o Otorrinolaringologista que irá avaliar toda a via aérea (respiratória) superior.

     

    Tumores (neoplasias): como em qualquer outra região do nosso corpo, a região da cabeça e do pescoço também pode ser local para acometimento de tumores (neoplasias) benignos e malignos (cânceres). Deve-se ficar atento ao fato de lesões (feridas) na cavidade oral ou na garganta que não cicatrizam com facilidade ou que vêm aumentando de tamanho. Alguns tumores de laringe (região mais inferior da garganta) podem apresentar-se com rouquidão (disfonia) crônica (mais de 15 dias). Os fatores mais associados são os genéticos (história familiar), tabagismo, alcoolismo, mau estado de higiene oral, deficiências nutricionais, radiação e associação com agentes virais como HPV (Papiloma Vírus Humano) e Epstein-Barr vírus.

     

    Dor de garganta (odinofagia): é uma situação muito frequente no dia-a-dia da população. Na grande maioria das vezes, não costuma estar relacionada à doença grave, mas que podem atrapalhar em muitos casos a vida social e profissional do paciente por acontecer de forma recorrente. Convém avaliar com o médico otorrino, pois muitas e muitas vezes, o problema causador da dor de garganta pode estar em locais vizinhos a ela e não vai ser tratado com anti-inflamatórios ou antibióticos usados indiscriminadamente. Lembro que nem toda dor de garganta é obrigatoriamente uma amigdalite!

     

    Atraso no desenvolvimento da fala: é uma situação muito frequente no consultório do Otorrinolaringologista e deve ser avaliada de forma interprofissional com ajuda muitas vezes do neuropediatra, fonoaudiólogo(a) e terapeuta ocupacional. Vale lembrar a importância da avaliação otorrinolaringológica focada na questão auditiva periférica e central, além da via respiratória e cavidade oral.

     

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